Pôs as dores na panela
com açúcar a mexer com
colher de pau, a raspar
o fundo da panela para não queimar.
Não pôs cravo para dar bom cheiro,
nem erva doce, para marcar o sabor.
Depois, embolou um a um na palma de sua
mão e pôs na janela.
O cheiro entrou pelas frestas escuras,
pelas réstias de luz e sombra. O
Espírito em seu coração saboreou
e sorriu. Sentaram juntos e comeram
calados.