Um dia, nos encontraremos todos.
Todos os que partiram,
todos os que ficaram,
todos em transição.
Um dia,
Falaremos do que não deu tempo,
não será tarde demais,
não haverá correrias,
nem espantos.
Pediremos desculpas,
e retornaremos
naquele instante, quando em crianças,
pulamos da árvore achando que íamos voar.
E voaremos!
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Afago
Os fantasmas entram pela porta,
sobem as escadas
e gentilmente, perguntam
se podem sentar.
Eu lhes sirvo um café e um sorriso fraco.
Perguntam-me como tenho passado,
o que tenho feito de novo,
se sou feliz.
Contam-me o que teriam feito se
eu fossem,
falam-me de seus feitos, fardos
e memórias.
Quando já sem assunto, dão
tapinhas na mesa, sorriem e despedem-se.
Quando puderem, voltam.
(Para Vê)
sobem as escadas
e gentilmente, perguntam
se podem sentar.
Eu lhes sirvo um café e um sorriso fraco.
Perguntam-me como tenho passado,
o que tenho feito de novo,
se sou feliz.
Contam-me o que teriam feito se
eu fossem,
falam-me de seus feitos, fardos
e memórias.
Quando já sem assunto, dão
tapinhas na mesa, sorriem e despedem-se.
Quando puderem, voltam.
(Para Vê)
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Intervalo
Ao meio-dia,
o almoço de parca composição,
simples como devem ser
as coisas espremidas entre
horas poucas.
Se não houvessem horas, era como
se vivêssemos na eternidade?
Um tempo sem contagem e
sem pressas,
à beira do fim constantemente...
As horas foram criadas,
tão longinquamente,
para que eu saiba o tempo que nos resta
entre o café e o bater do ponto,
simplesmente.
o almoço de parca composição,
simples como devem ser
as coisas espremidas entre
horas poucas.
Se não houvessem horas, era como
se vivêssemos na eternidade?
Um tempo sem contagem e
sem pressas,
à beira do fim constantemente...
As horas foram criadas,
tão longinquamente,
para que eu saiba o tempo que nos resta
entre o café e o bater do ponto,
simplesmente.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Meia Noite
Era uma pessoa só.
Só por dentro, solitária em si
Era escuro.
O futuro, tudo, tudo,
a caminhar para o incerto,
o desconhecido, o inanimado.
Nada de alegrias furtivas,
nada de pequenos segredos,
nada de sorrisos medianos.
Nada havia que.
Nada havia como.
Nada havia se.
Só por dentro, solitária em si
Era escuro.
O futuro, tudo, tudo,
a caminhar para o incerto,
o desconhecido, o inanimado.
Nada de alegrias furtivas,
nada de pequenos segredos,
nada de sorrisos medianos.
Nada havia que.
Nada havia como.
Nada havia se.
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